Maloclusões: Conheça os diferentes tipos

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Não restam dúvidas de que as maloclusões dentárias são o problema mais comum tratado por Cirurgiões Dentistas do Brasil e do mundo. Os estudos mostram isso: entre 80 a 89% das crianças apresentam algum tipo de maloclusão. Invariavelmente, serão adultos que manterão os problemas — se não houver tratamento na infância.

Para um Cirurgião Dentista, portanto, é vital saber como diagnosticar e tratar as maloclusões. Além disso, é muito importante também conhecer os muitos efeitos que elas trazem e as consequências dos tratamentos para ajudar o paciente durante todo o processo de correção das maloclusões.

Se você quer oferecer soluções mais duradouras e uma experiência mais positiva para seus pacientes, precisa entender mais a fundo quais são os diferentes tipos de maloclusões e como tratá-las. Para isso, siga a leitura deste conteúdo!

O que são maloclusões?

Maloclusão é o termo usado para designar todos os casos de posicionamento inadequado dos dentes e de suas bases ósseas. De forma mais simples, é quando os dentes estão desalinhados. As maloclusões são estudadas e tratadas pela Ortodontia ou pela Ortopedia Funcional dos Maxilares.

Elas recebem esse nome porque indicam problemas que impedem a correta oclusão da boca, também chamada de vedação bucal. O ideal para uma pessoa é que os seus dentes superiores cubram ligeiramente os dentes inferiores, com o arco dentário superior sendo um pouco maior do que o inferior.

Quando isso não acontece, temos uma maloclusão. No entanto, nem toda incidência desse problema é igual, já que existem diversos tipos de maloclusões dentárias. Veremos todos a seguir!

Quais são os tipos de maloclusões dentárias?

Os tipos de maloclusões dentárias são organizadas de acordo com a Classificação de Angle, criada por Edward Angle (o “Pai da Ortodontia Moderna”). Ao todo, são três classes de oclusões diferentes determinadas com base no posicionamento dos molares da maxila em relação aos da mandíbula.

As classes de maloclusões são as seguintes:

  • Classe I: é caracterizada pelo alinhamento dos molares da maxila com os molares da mandíbula. Ou seja, ainda que haja algum apinhamento dentário ou outro problema com os dentes, os arcos dentários estão adequadamente alinhados;
  • Classe II: é caracterizada por um recuo dos molares da mandíbula em relação aos da maxila. Ou seja, é como se o arco dentário inferior do paciente estivesse “para trás”;
  • Classe III: é caracterizada por um avanço dos molares da mandíbula em relação aos da maxila. Dessa forma, o arco dentário inferior fica mais proeminente, ou seja, mais “para frente”, do que o superior.

Dito isso, a Classificação de Angle nos permite entender somente a classe de uma maloclusão. No entanto, existem muitas maloclusões diferentes, que podem se manifestar como diversos tipos de mordidas imperfeitas.

Confira a seguir quais são os tipos de mordidas imperfeitas criadas pelas maloclusões!

Apinhamento dentário

O apinhamento dentário acontece quando os dentes nascem “uns por cima dos outros”. Sua origem se dá quando os arcos dentários não se desenvolveram do jeito certo. Portanto, não há espaço para que os dentes possam crescer.

Nesse sentido, os dentes apinhados são maloclusões, mas não estão ligados a nenhuma classe específica. O paciente pode ter uma oclusão de Classe I, II ou III e também ter os dentes apinhados. Afinal, essa mordida imperfeita está conectada com o desenvolvimento da amplitude do arco e não com o seu alinhamento.

Mordida aberta

A mordida aberta é o tipo mais comum de maloclusão. Ela se caracteriza pelos dentes do arco superior não conseguirem tocar nos dentes do arco inferior. Assim, forma-se um espaço entre ambos arcos dentários.

Mordida cruzada

Novamente, um tipo de maloclusão que pode aparecer em todas as classes da Classificação de Angle: I, II ou III. Nas duas primeiras, ela assume a posição de mordida cruzada posterior. Já na Classe III, pode se apresentar como mordida cruzada anterior ou posterior.

Essa mordida se caracteriza quando os dentes do maxilar do paciente ficam por cima dos dentes da maxila. No caso da mordida cruzada posterior, são os dentes das laterais do rosto que ficam por cima, enquanto na mordida cruzada anterior, são os dentes da frente.

Sobremordida

Também chamada de mordida profunda, a sobremordida é uma maloclusão de Classe I e II. Ela acontece quando os dentes do arco superior da boca recobrem em excesso os dentes do arco inferior. 

É importante não confundir a sobremordida com o overjet, que é caracterizado por uma protrusão da maxila em relação ao rosto e os dentes ficam mais para frente. Ou seja, não é que houve um desalinhamento dos arcos, mas sim que a maxila em si está apontada para fora e faz os dentes superiores ficarem mais protuberantes. 

Diastemas

Apesar de serem completamente normais durante o desenvolvimento infantil, os diastemas também podem ser considerados maloclusões quando ocorrem durante a dentição permanente. Eles são caracterizados por dentes separados ou com espaço entre eles.

Quais as opções de tratamento?

Depois de revisarmos os tipos de maloclusões, devemos ver quais são as opções de tratamentos que um Cirurgião Dentista tem para oferecer ao seu paciente. Afinal, o uso de aparelhos intraorais é o mais recomendado?

Hoje em dia, os aparelhos intraorais fixos perdem mercado em comparação com os alinhadores. É fácil entender o porquê dessa mudança: os aparelhos fixos são mais dolorosos e incômodos do que as alternativas. Além disso, eles têm índices de recidiva de 90% (quando não são usadas contenções no fim do tratamento), causando descalcificação de esmalte e reabsorção radicular de até 4mm em 100% dos casos.

No entanto, seja o tratamento feito com aparelhos fixos ou alinhadores removíveis, o fato é que as maloclusões tendem a retornar se não houver um tratamento que foque em suas verdadeiras causas: os maus hábitos miofuncionais.

Respirar pela boca, a posição incorreta da língua, sucção não-nutritiva ou com bicos artificiais na infância e deglutição atípica são maus hábitos que trabalham os músculos orofaciais de forma incorreta. Quando os músculos orofaciais não se desenvolvem corretamente e não estão bem posicionados, não podem fazer a pressão esperada para o adequado posicionamento e desenvolvimento dos arcos.

A literatura científica internacional está repleta de estudos mostrando o impacto que os músculos orofaciais, incluindo os lábios e língua, têm no aparecimento de maloclusões em crianças ou adultos. 

Se o tratamento feito com um paciente não incluir a reeducação dos maus hábitos, então eventualmente a musculatura mal desenvolvida continuará exercendo uma pressão incorreta e a recidiva é inevitável sem contenção.

Quem pode ajudar nisso é a Odontologia Miofuncional. O foco dessa nova filosofia de tratamento está justamente na reeducação de maus hábitos e no correto desenvolvimento da musculatura orofacial, além das estruturas do complexo crânio-cérvico-mandibular, o que pode gerar um alinhamento natural dos dentes.

O trabalho da Odontologia Miofuncional pode ser feito em conjunto com o uso de ferramentas da Ortodontia tradicional. Ou seja, ao mesmo tempo em que um aparelho intraoral tradicional é usado para o alinhamento e correção da maloclusão, o trabalho miofuncional é aplicado para corrigir hábitos, garantir mais saúde e qualidade de vida.

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