Como identificar os efeitos da respiração bucal e hábitos miofuncionais incorretos?

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Acredite — se um paciente estiver mantendo hábitos miofuncionais incorretos, os efeitos logo aparecerão!

Alguns deles são bastante óbvios e outros podem ser mais difíceis de notar. Porém, com um pouco de atenção aos sinais, é possível compreender os malefícios que os maus hábitos miofuncionais causam à saúde.

Entre os maus hábitos que causam malefícios estão a respiração bucal e a força excessiva no músculo mentoniano na deglutição. As principais consequências desses hábitos são ronco, bruxismo, apneia, maloclusões, entre outras.

Siga lendo este artigo para aprender a identificar os efeitos da respiração bucal e outros maus hábitos miofuncionais.

Síndrome do Respirador Bucal (SRB) 

A Síndrome do Respirador Bucal (SRB) ocorre quando a respiração é feita total ou majoritariamente pela boca. Afinal, por que devemos respirar pelo nariz ao invés da boca?

Como sabemos, a respiração correta é realizada pela via nasal, para que o ar seja filtrado de todas as suas impurezas e umidificado antes de chegar até os pulmões. Quando o paciente respira pela boca, o ar não recebe essa filtragem, o que pode resultar em infecções respiratórias, engasgos, ronco, entre outros. 

Além disso, as adenóides e amígdalas acabam assumindo a filtragem do ar, o que as deixa inchadas; assim, tomam o espaço da via respiratória e dificultam a respiração nasal. Ou seja, cria-se um ciclo vicioso!

A respiração bucal faz com que nossos músculos orofaciais trabalhem de forma inadequada. Com o tempo, essa movimentação pode levar a interferências no desenvolvimento adequado da estrutura orofacial. 

Imagine, por exemplo, que você passa várias horas por dia com a boca aberta — aos poucos os músculos e ossos irão se adaptar a essa posição, com a mandíbula pendendo para baixo. Isso irá modificar toda a estrutura da face, podendo deixar a mandíbula avançada ou recuada, gerar uma dificuldade de selamento labial passivo, entre outros.

Entre as consequências da respiração pela boca também estão os distúrbios do sono, como a apneia e o ronco. Essas duas condições exigem que o cérebro esteja constantemente alerta, impedindo o descanso completo à noite.

Assim, a respiração bucal leva a um sono de baixa qualidade. O sono, além de ser interrompido por engasgos e falta de ar, é prejudicado pela falta de filtragem do ar, o que aumenta o trabalho das amígdalas e adenóides.  

Ao não passar pelas fossas nasais, não é produzido o óxido nítrico, uma molécula essencial para o sistema imunológico e que ajuda a conter inflamações, entre outros, trazendo muitos prejuízos à saúde. Ainda, é possível que a boca fique muito seca, por estar sempre aberta. Buscando produzir saliva, acabamos rangendo os dentes, levando à condição conhecida como bruxismo

Já vimos que a respiração bucal pode causar consequências bastante sérias. Agora, descobriremos como identificar os efeitos desse tipo de respiração!

Como identificar os efeitos da respiração bucal

A respiração bucal, como dito anteriormente, leva a uma série de mudanças na musculatura orofacial. Assim, é possível identificar alguém que respira pela boca observando alguns sinais que surgem como consequência dessas alterações.

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Entre as principais características que ajudam a identificar a pessoa que respira pela boca estão:

  • Face alongada;
  • Falta de tônus muscular facial;
  • Selamento labial inadequado;
  • Lábios hipotônicos;
  • Assimetria facial;
  • Dificuldade para deglutir;
  • Ronco;
  • Bruxismo;
  • Apneia do sono;
  • Cansaço e sonolência frequente;
  • Dores de cabeça;
  • Maloclusões.

Todos esses sinais são causados pelas alterações na forma como a musculatura orofacial trabalha. O tamanho e formato do rosto é afetado, modificando o formato do nariz e da mandíbula, o espaço entre nariz e boca, entre outros. Também há alterações nos órgãos responsáveis pela fonação e deglutição, mudanças na postura cervical, posicionamento dos pés, etc. 

Além disso, as dificuldades para dormir citadas anteriormente levam a um cansaço frequente, com fortes dores de cabeça e dificuldade de concentração. O ronco, problema que leva muitos pacientes ao consultório, pode ser originado pela respiração bucal e trazer um grande desconforto ao paciente. 

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Efeitos dos hábitos miofuncionais incorretos

Os hábitos miofuncionais incorretos são aqueles que levam a um desenvolvimento incompleto ou incorreto da musculatura orofacial. 

Entre esses hábitos, estão:

  • Sucção não nutritiva;
  • Hábitos deletérios, como roer unhas e uso de goma de mascar;
  • Postura incorreta da língua em descanso.

Esses maus hábitos miofuncionais podem estar relacionados à respiração bucal e também interferem no desenvolvimento saudável da musculatura orofacial. Porém, o efeito mais comum dos hábitos miofuncionais incorretos, que leva mais pacientes ao consultório, é a maloclusão

Por exemplo, quando há uso de chupeta, a dentição se posiciona de forma a acomodá-la. Além disso, são feitos movimentos de sucção, que também forçam os músculos. O resultado costuma ser a mordida aberta, bastante usual em crianças, que prejudica a fala, a alimentação e a autoestima.

Podem surgir outras maloclusões, como o apinhamento, a mordida cruzada e a sobremordida. Elas aparecem como consequência do desenvolvimento incompleto ou incorreto do complexo orofacial. 

Os maus hábitos miofuncionais também podem levar a desordens da ATM, pela movimentação incorreta dos músculos e compressão da mandíbula. Os principais sintomas são:

  • Dores de cabeça, nos ombros e no pescoço;
  • Dificuldade para abrir a boca e mastigar;
  • Estalos na mandíbula;
  • Dor e zumbido no ouvido.

Quando o paciente apresenta esses sintomas, é importante investigar a origem, sendo bastante provável que ele esteja mantendo maus hábitos miofuncionais que levaram a uma desordem da ATM. 

Como tratar a respiração bucal e os hábitos miofuncionais incorretos?

Como vimos anteriormente, os maus hábitos miofuncionais levam a problemas sérios, trazendo muito desconforto para a vida dos pacientes e riscos à saúde.

Dessa forma, podemos concluir que a eliminação desses hábitos miofuncionais incorretos é essencial para que suas consequências sejam solucionadas de uma vez por todas. Para tanto, será preciso investigar os maus hábitos, compreender o motivo pelo qual o paciente respira pela boca e, lentamente, reeducar os músculos para trabalharem corretamente, ganharem tônus e voltarem a se desenvolver conforme esperado. 

Essa é exatamente a função da Odontologia Miofuncional: compreender a estrutura muscular orofacial e estimular o desenvolvimento correto, substituindo os maus hábitos por práticas positivas. 

O tratamento pode ser iniciado na infância, enquanto os hábitos ainda estão iniciando, na adolescência ou na vida adulta. Em todas as fases da vida é possível aderir ao Sistema Myobrace®, que aplica a Odontologia Miofuncional para tratar os maus hábitos como a respiração oral.

Isso é feito através do uso de aparelhos intraorais, que irão garantir a postura correta da língua, da mandíbula e de toda a estrutura orofacial. Além disso, são praticados exercícios simples para que o paciente pouco a pouco se livre dos maus hábitos.

Esse é um trabalho complexo, já que será preciso reeducar e tonificar toda a musculatura. Apesar disso, sua aplicação não é nem um pouco difícil para o paciente: só é preciso usar os aparelhos intraorais por 1 a 2h por dia e à noite durante o sono, além de praticar alguns exercícios simples, que logo se integram à rotina e se tornam habituais. 

Aos poucos, os resultados vão surgindo: os músculos voltam a se desenvolver corretamente e toda a estrutura orofacial é modificada. A qualidade de vida dos pacientes é aumentada e o melhor de tudo é que os resultados são definitivos — afinal, o problema foi corrigido em sua origem!

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